quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saúde infantil: emergência médica

Passamos um aperto em casa na semana passada.
O Guilherme deu febre de 40º, calafrio, antitérmico via oral ele colocava para fora... Enfim um susto daqueles. Não tinha passado por isso, nem de perto, com o Matheus. Era uma virose: Adenovírus. Que acarreta em febre, conjuntivite e o estado gripal forte. Era de dar dó...
Depois de ligar para pediatra, ir à emergência, medicação errada, medicação certa... Ele já está muito bem. Graças a Deus!

Essa semana recebi o e-mail do Bebe.com.br e achei interessante postar aqui.

Quando é necessário correr com a criança para o pronto-socorro?

Ter filho significa assumir grandes responsabilidades, o que assusta muito, principalmente quando ele ainda é pequenino e frágil, totalmente dependente dos pais. E as situações mais estressantes são aquelas em que nos deparamos com problemas de saúde. O melhor exemplo é a primeira febre do bebê, geralmente desesperadora. E o impulso é levar a criança para o pronto-socorro diante de qualquer anormalidade.
Com o tempo, a gente aprende que nem sempre a medida é necessária. Mas existem casos em que o bebê deve receber, sim, cuidados médicos o mais rapidamente possível. São as emergências. Conheça aqui as principais.

PS não é consultório
Nem todo problema de saúde caracteriza uma emergência. Por isso, é preciso controlar a ansiedade e saber que não há a necessidade de correr para o hospital com a criança diante de qualquer indisposição. Um fenômeno recente nos pronto-socorros é o horário do rush. Como a maioria das mães trabalha, os convênios de saúde tornaram mais acessíveis as consultas de emergência. Assim, os pediatras de família perdem espaço para o pronto atendimento. A mãe fica sabendo que o filho teve febre na escola e tenta resolver o problema de imediato para evitar problemas maiores no dia seguinte.
Acontece que a doença precisa amadurecer para ser diagnosticada com mais precisão. Ou seja, se a criança tem febre e volta a brincar depois de tomar um antitérmico receitado pelo pediatra dela, não há motivo para grandes preocupações. Provavelmente, trata-se de um problema simples, como uma infecção viral, com um ciclo de três dias e remissão gradual. É preciso observar e esperar, não tem jeito. Levar a criança para um médico que nunca a examinou não é a melhor decisão. Nesse caso, o ideal é ligar para o pediatra que normalmente a atende ou ir ao consultório dele.

Febre: atenção à prostração
A febre em si não significa muita coisa. O importante é observar o estado geral da criança. Há casos em que uma criança com 37,5 °C pode apresentar um quadro mais grave do que outra com 40 °C. A prostração diz mais do que o termômetro nessa hora. Uma criança sem ânimo, pálida e ofegante, mesmo com febre baixa, deve ser motivo de preocupação, principalmente se não reage ao antitérmico. Essa é uma situação em que é recomendável levá-la ao pronto-socorro.
A febre em bebês com menos de 2 meses também exige um pouco mais de atenção. Se a temperatura voltar a subir poucas horas depois de medicá-lo, leve-o ao hospital. Crianças de 3 a 6 meses, com desconforto respiratório e febre, também precisam passar por uma investigação para checar uma eventual bronquiolite. As febres por doenças virais são comuns.
Mas, se a temperatura voltar a subir dois dias depois de a virose regredir, é sinal de alerta. O pequeno pode ter contraído uma infecção mais grave, como otite, sinusite e a própria bronquiolite, e precisa receber cuidados médicos. E atenção: febre com manchas na pele e completa prostração é indício de problemas mais graves, como a meningite, e requer cuidados imediatos.

Tosse: investigue respiração curta e rápida
A tosse é um sintoma de que há algo errado e o corpo da criança está reagindo. Mas, isoladamente, não é motivo para correr ao pronto-socorro. Mais importante do que a tosse é a frequência respiratória. Se ela estiver curta e rápida, aí sim merece ser examinada em um hospital. Sobretudo se seu filho apresentar cansaço e chiado no peito, indícios de uma crise de asma. Nesse caso, o pronto-socorro oferece boas condições de tratamento. Agora, no caso de crianças que estão tossindo há dois, três, quatro dias, a orientação é procurar o pediatra dela.

Vômito: cuidado especial para não desidratar
As golfadas podem ter causas diversas: de intoxicação alimentar a meningite. As mais comuns, porém, são as decorrentes de viroses. Aí não há muito que fazer, senão manter a criança hidratada, oferecendo líquido aos poucos e em pequenas doses. Agora, quando um bebê pequeno, com até 2 meses de vida, vomita em jatos, é possível que ele sofra de uma obstrução gástrica, uma condição não muito rara. Nesse caso, a criança deve ser levada a um PS, principalmente por risco de desidratação. Mas se o vômito é acompanhado de febre, diarréia, dores, prostração e outros sintomas que não sejam de virose, também exige melhor investigação em um hospital devidamente equipado.

Diarréia: sangue é sinal de alerta
A diarréia tem menor poder de desidratação do que o vômito. Mas pode causar problemas se for líquida e obrigar a criança a evacuar várias vezes ao dia, principalmente se tiver menos de 6 meses de vida. Enquanto a criança tiver chorando com lágrimas e salivando, tudo bem, dá para acompanhar a evolução da doença sem a necessidade de correr para o PS.
Em geral, o quadro é de virose mesmo. Agora, diante da presença de sangue nas fezes, o que pode acontecer em forma de borra de café, geléia ou sangue vivo mesmo, aí é preciso levar ao pronto-socorro. O sangue pode ser um sinal de obstrução, infecção ou inflação do intestino.

Bateu a cabeça? Considere a altura e a velocidade da queda
Criança pequena cai e bate a cabeça a toda hora. É inevitável, por isso não há a necessidade de levá-la ao hospital toda vez que isso acontecer. Mas é preciso ficar atento à altura do tombo e à velocidade em que a criança estava no momento do acidente.
Quedas de patamares acima de 1 metro, principalmente se forem amortecidas pela cabeça, exigem maior cuidado. Tombos de bicicleta também pedem mais atenção. Se a criança apresenta vômitos em jato, tontura, sonolência e não fala coisa com coisa, leve imediatamente ao hospital.
Se ela desmaiou ou teve convulsão, também não tem o que pensar: direto para o PS. Uma curiosidade é que os raios X não mostram a gravidade de um trauma na cabeça. O exame que ajuda, de fato, no diagnóstico é a tomografia.

Dor de barriga: avalie a intensidade do sofrimento
Antigamente, dor de barriga era verme. Hoje, normalmente, deve-se à falta de fibra na alimentação por causa de bolachas e macarrões instantâneos. Ou então, alergia à lactose. A intensidade da dor é o principal termômetro para avaliar a gravidade do problema.
A situação normalmente é mais séria quando vem acompanhada de febre, vômito, prostração, abdômen distendido e outras manifestações. Nesses casos, é preciso levar a criança ao pronto-socorro.
Em caso de apendicite, a intervenção tem que ser imediata. É importante investigar, também, se a criança não sofreu um trauma na região abdominal, o que pode ser sério se a dor não passar. É muito comum, por exemplo, bater a barriga no guidão durante quedas de bicicleta.

Dor nas pernas: preocupam quando ocorrem logo cedo
A criança que corre, pula e joga bola o dia inteiro pode ficar com o corpo dolorido depois do banho. É natural, pois os músculos foram muito exigidos. As dores nas pernas devem ser um motivo de preocupação quando acontecem logo pela manhã e chegam a limitar o movimento. E não porque a criança dormiu de mau jeito. Existe a possibilidade de ela apresentar problemas articulares. Quando as dores são localizadas, observe se há febre, se a região emana calor e se o movimento está prejudicado. Ali, pode haver uma inflamação e um médico precisa avaliar. A artrite não é comum, mas pode acometer crianças.

Fontes:pediatra Roberto Tozze, médico do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e pediatra Tadeu Fernando Fernandes, vice-presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

texto retirado de http://bebe.abril.com.br/03_05/saude/emergencia-medica.php


Muita saúde para todos nós!
beijos,
Carol.

2 comentários:

  1. Gostei.

    Uma vez, li um texto de um médico que dizia que o pior lugar para se levar um doente é ao hospital. Na hora, não fez sentido. Logo depois ele explicava que uma pessoa doente (imagina uma criança!) está com o sistema imunológico baleado e, no hospital, há uma concentração incrível de vírus e bactérias. Combinação pior não há.

    O ideal é o médico da família. A pediatra da minha filha separa os pacientes em horários distintos: crianças doentes não costumam cruzar com visitas rotineiras de recém-nascidos. Legal isso, né. ^^

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  2. Oi Cris!
    Mas, é bem isso mesmo.
    Corro de hospital. Matheus tem 3 anos e só foi uma vez. Teve uma virose forte e precisou de soro intravenoso. Era final de semana.
    E agora de novo com o Gui era um sábado...
    Mas, sempre, sempre mesmo, só vou amparada do pediatra via telefone. Só vou quando diz: tem que passar no hospital.
    O pior foi chegar lá e a médica receitar um medicamento uso adulto para um bebê de 11 meses!

    Muito boa essa atitute da pediatra da sua filha.

    Obrigada pela visita de sempre.

    beijos.

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